OZÔNIO PARA DESINFECÇÃO SANITÁRIA.
Entre na nova geração de tratamento de efluente com Ozônio
A cloração é, mundialmente, o método mais utilizado no processo de desinfecção de águas residuárias antes de seu lançamento em corpos d’água, em função de produção, custo, armazenamento, transporte e facilidade na aplicação. Entretanto, há algumas décadas, o cloro tem recebido publicidade negativa, principalmente pelo fato de, na década de 1970, ter sido identificado que a cloração das águas de abastecimento e esgoto contendo compostos orgânicos podia levar à formação de trialometanos (THMs), sobre os quais há indicações da produção de efeitos prejudiciais à saúde (WHITE, 1999).
Os THMs (subprodutos cancerígenos) mais comumente encontrados nas águas de abastecimento e residuárias são: clorofórmio, bromodiclorometano, dibromoclorometano e bromofórmio. Esses subprodutos da cloração são cancerígenos em humanos, pela Agência Internacional de Pesquisa ao Câncer (IARC, 1999).
Pesquisas desenvolvidas nos últimos anos têm mostrado, entretanto, que esta tecnologia é ineficiente na eliminação de alguns microrganismos epidêmicos, como giárdia, Cryptosporidium (WHITE, 1999; TCHOBANOGLOUS, 2003) e vírus (TYRRELL et al., 1995) em efluentes municipais.
Devido a tais limitações do processo de cloração, aos parâmetros cada vez mais restritivos para emissão de efluentes e à crescente necessidade do reuso de águas, têm sido avaliadas tecnologias alternativas ao cloro. Desse modo, métodos de desinfecção como ozonização e ozonização seguida de cloração têm se destacado como promissores na desinfecção de esgoto sanitário.
A matéria orgânica é rapidamente oxidada pelo ozônio e pode ser realizada antes (pré- ozonização) ou após o tratamento biológico, porém a aplicação após o tratamento biológico é mais comumente realizada como etapa de polimento a fim de atender aos padrões químicos e microbiológicos para lançamento nos corpos receptores ou naqueles casos em que se deseje reusar o efluente (RICE et al., 1981; PARASKEVA & GRAHAM, 2002; METCALF & EDDY, 2002).
O processo de ozonização também pode ser utilizado em Estações de Tratamento de Água e Estações de Tratamento de Efluentes Industriais. A ozonização tem alta eficiência na remoção de cor de efluentes.

APLICAÇÕES DO OZÔNIO:
Segmento | Finalidade | Parâmetros de referência |
---|---|---|
Municipalidade (Água) |
Desinfecção (colimetria) Evitar formação de THM (Tri-Halo Metano), quando há presença de matéria orgânica acima dos limites na água bruta) Remoção de disruptores endócrinos (hormônios da pílula anticoncepcional) Remoção de micropoluentes (fármacos e vários outros) Oxidação de Fe e/ou Mn, seguido de pós filtração Geosmina e MIB-2 (gosto e odor) |
NMP/100ml ou UFC/100ml TOC (em mg/L) mg/L ou ng/L mg/L ou ng/L mg/L mg/L ou ng/L |
Municipalidade (Esgoto) |
Desinfecção (colimetria) Evitar formação de THM (Tri-Halo Metano). Em efluente, sempre há presença alta de TOC |
NMP/100ml ou UFC/100ml TOC (em mg/L) |
Têxtil |
Remoção de cor Branqueamento de tecido ou fios Stone washing (lavagem a pedra) |
mg Pt-Co/L brix A ser definido pelo cliente |
Ind. Farmacêutica |
Remoção / controle de fármacos no efluente |
mg/L ou ng/L |
Ind. Alimentícia |
Remoção de Fe / Mn na água bruta CIP (Clean in Place) Rinsagem de garrafas / embalagens |
mg/L Análise de fungos, bactérias, leveduras e demais parâmetros típicos deste segmento Análise de fungos, bactérias, leveduras e demais parâmetros típicos deste segmento |
Papel e Celulose |
Remoção de DQO recalcitrante Branqueamento de celulose Branqueamento de papel |
mg/L brix brix |
Diversos |
Oxidação de Sulfetos, Cianetos, e muitos outros |
mg/L |


